Em meio a tantas exigências do mundo moderno, os pais escolhem o lazer do final de semana ou do feriado com os filhos baseando-se em
seu cansaço, ou seja, em sua rotina estressante de trabalho, além dos afazeres
domésticos e tantas outras atividades que possam ser inseridas na rotina dependendo
da família (cursos extracurriculares dos filhos, estudos dos pais, lazer dos
pais SEM os filhos, etc).
Dessa forma, é comum vermos pais optando pelo playland do
shopping ou apenas aquele passeio convencional que acaba em algumas comprinhas, aproveitando o ensejo para “comer por ali mesmo” com o argumento de
que seria mais estressante pensar e realizar outra atividade, mesmo que mais
produtiva para ambos (pais e filhos) física e mentalmente.
Realizando uma escolha superficial e rápida, o mais comum
é optar por um shopping com brinquedos e comida nos finais de semana ao invés
de preparar um lanche caseiro para comer no parque próximo de casa. Mas se
pararmos para refletir e analisar a situação, considerando todo aquele cansaço
e estresse da semana, para os pais a preparação do lanche em casa mesmo será
muito mais prazerosa e os momentos tranquilos no parque compensarão o momento
da preparação.
No parque as crianças ficam livres para serem o que elas
devem ser: CRIANÇAS. Lugar de criança é junto da natureza, correndo, conhecendo
outras crianças, realizando atividades ao ar livre, subindo em brinquedos mais
simples, porém, que estimulam mais o corpo e a socialização. Um parque é o
lugar ideal para se fazer uma refeição mais saudável (já que o lanche será
preparado em casa), tranquilizar a mente, ter contato com outras pessoas e
aprender a dividir o brinquedo do parque com outras crianças, criar maior
contato entre a família, gastar energia e exercitar o corpo (para as
crianças...e porque não para os pais também, que poderão jogar futebol, vôlei e
até pular corda com os pequenos!?!).
Em contrapartida, vemos cada vez mais, os pais se submetendo
e colocando seus filhos em situações estressantes como a busca por uma vaga no
estacionamento, as enormes filas dos fast foods, os ambientes cheios de gente e que
criam estímulos para o querer TER (hiperconsumo), brinquedos em que a criança coloca uma ficha
e brinca sozinha e etc. etc. etc.
Talvez seja mais fácil colocar o vídeo da “Galinha
Pintadinha” no celular ou tablet em cima da mesa da praça de alimentação para o
bebê se distrair enquanto os demais da família se alimentam rápida e
erroneamente (comer besteira faz parte, radicalizar na alimentação não é o
caminho, o problema aqui citado é a frequência com que isso ocorre, que gera
diversas consequências). Enquanto o bebê é atraído pelo estímulo visual e
sonoro do vídeo, em volta tudo chama muita atenção também. Se nós adultos, já
ficamos estressados em ambientes cheios de gente e com muito estímulo visual e
sonoro, imagina como isso deve cansar e estressar muito mais as crianças
(depois fala que o filho é hiperativo, assunto para outro post).
Então, o ideal é se programar melhor para o próximo final de semana
e lembrar que toda movimentação,
dificuldades e estímulos existentes dentro de um shopping podem ser muito mais
estressantes física e mentalmente do que preparar um bolo, uma torta e um suco
para relaxar com as crianças no parque. Passe no mercado, vá para a cozinha e
sublime! O FAZER permite sublimação, o COMPRAR PRONTO apenas facilidade.
A saúde física e mental dos filhos é reflexo da saúde
física e mental dos pais. Crianças não precisam ser expostas a situações
estressantes com frequência e os pais podem ter uma semana muito mais
harmoniosa e tranquila que será reflexo do final de semana.
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"Crianças sendo crianças!" (Junior e Bárbara, filhos da minha prima Michele) |
P.S.: Fast Foods e shoppings fazem parte da vida
contemporânea, mas não precisam ser inseridos com tanta frequência no dia-a-dia, principalmente das crianças. Ir ao shopping e comer uma besteirinha moderadamente também pode ser saudável, mas expor os filhos SEMPRE à essas atividades, trazem muito estresse
e problemas de saúde física e mental. Não gosto de radicalismos e ainda não sou mãe, mas acredito que bom senso e
moderação são as palavras de ordem na educação dos filhos!! Ahh, e sobre a Galinha Pintadinha, Patati Patata, Disney e outros, nada contra dentro de casa...tudo contra em ambientes já tão cheios de estímulos visuais e sonoros como shoppings e afins...