24 julho, 2013

Falar pelos cotovelos não é ser comunicativo!



"Sou comunicativo", dizem as pessoas que "falam pelos cotovelos", não deixam ninguém falar, falam muito, de tudo, mas na essência da conversa muitas vezes não dizem absolutamente nada. Não estou afirmando que pessoas que falam muito NÃO são comunicativas. Muitas são, mas o fato é que a essência da comunicação não está em falar bastante, mas sim em saber se expressar.

Como os temas abordados no blog referem-se ao sujeito e a cultura, vamos aproximar mais esses assuntos com a comunicação. Não existe cultura sem comunicação e não existe comunicação sem signos. A comunicação se dá por meio de signos, ou seja, é a materialização dos nossos pensamentos e/ou sentimentos em signos.  Superficialmente vamos compreender os signos como "a coisa em si" e o que ela representa (seu significado).

Dessa forma, durante a comunicação nas relações interpessoais passamos por um processo de interpretação de signos. Primeiramente ouvimos o que está sendo falado para podermos interpretar e expor nosso pensamento. Ou seja, ser comunicativo depende da atenção em ouvir, capacidade de interpretar e dar significado, processar nossas considerações e expô-las de formas coerente e de fácil entendimento.

E o que acontece com a maioria das pessoas ansiosas que "falam pelos cotovelos"? Não param para observar, ouvir e elaborar uma resposta mais precisa de forma a permitir continuidade na conversa.  


Não basta "falar pelos cotovelos". Ser observador, atento e bom ouvinte é essencial para o desenvolvimento de uma boa comunicação!

15 julho, 2013

Competitividade. Relaxa, a vida não é uma maratona!

"A competitividade desgasta profundamente as pessoas, porque ninguém pode viver como se a vida fosse uma maratona, que tem de ser vencida a qualquer preço". 
(Psicóloga Maria Luiza Silveira Teles. Fonte: livro Catástrofe Contemporânea do semioticista e professor Caio Colombo).



Desde pequenos somos expostos à competitividade. Aprendemos que não temos que ter apenas boas notas para sermos bons para nós mesmos, temos que ter a melhor nota da classe, torcendo para que esteja acima da nota de todos os outros. Não somos incentivados a ir para a escola com o objetivo de aprender, conversar, fazer amigos, mas somos estimulados a não falta com um prêmio para a criança que atingir o maior número de presença no final do mês.

A competição nos ensina a lidar com a vitória e a derrota e suas consequências, mas em situações como as citadas acima, poderíamos ter sido ensinados sobre a filosofia GANHA-GANHA e não GANHA-PERDE, ou seja, o outro não precisa perder para que eu possa ganhar.

A competitividade tem se tornado essência no departamento comercial de algumas empresas. Normalmente, nesse tipo de serviço existem situações que estimulam a competitividade. A relação entre os vendedores é um exemplo, pois não é necessário apenas ser um bom profissional e bater as metas, mas sim superar a meta do outro para que seja premiado. Eu nunca fui lá um exemplo nisso, sempre achei que pra eu ganhar o outro não precisa perder, e assim fui fazendo meu trabalho na área comercial conforme o que eu mesma julgava necessário, me esforçando para super as metas estabelecidas por mim e não entrar na paranoia imposta por superiores de querer superar a meta do colega de trabalho ou desenvolver uma ambição absurda. Nisso, eu cultivei amizades e aprendi a não entrar no jogo perverso das empresas.
O mercado é cruel e tenho diversos motivos para ter essa opinião, mas deixarei o assunto para outro post.

Na vida somos expostos ao GANHA-PERDE a todo momento. Se compramos um casa, queremos maior do que a dos parentes ou amigos. Se casamos, queremos exclusividade. Se mudamos o corte de cabelo, ninguém pode cortar igual até que mudemos o nosso...e daí por diante. Simplesmente não aceitamos menos. Mas pra não entrarmos nesse jogo perverso de sangue nos olhos, precisamos primeiramente compreender que MENOS é relativo e em algumas situações a VITÓRIA também. Nossas metas pessoais não precisam ser baseadas em padrões ou baseadas na vida do outro.

Pessoas e profissionais que não são extremamente competitivos são vistos como sujeitos sem ambição. Mas quem determinou que devemos estar à frente a todo momento? Isso ocorreu num processo de mudança ao longo dos anos e cabe a nós sabermos diferenciar quais mudanças devem fazer parte da nossa vida e quais devem ser reavaliadas.

Há pessoas que vivem a vida como se fosse uma competição interminável. Passam por cima de sentimentos, fatos e pessoas para manter um passo à frente dos demais.

Relaxa, a vida não é uma maratona! Não precisamos competir a todo momento. Competir sem pausas é exaustivo e a mente pede sempre mais. Desprenda-se de autocobranças e aprenda a não entrar no jogo de cobranças vindas de fora, inclusive na relação perversa entre empresa e funcionário. Sua autoconfiança e segurança te bastam. Se tiver que provar algo, que seja pra você mesmo!

12 julho, 2013

Pais e filhos: Lazer e ambientes estressantes


Em meio a tantas exigências do mundo moderno, os pais escolhem o lazer do final de semana ou do feriado com os filhos baseando-se em seu cansaço, ou seja, em sua rotina estressante de trabalho, além dos afazeres domésticos e tantas outras atividades que possam ser inseridas na rotina dependendo da família (cursos extracurriculares dos filhos, estudos dos pais, lazer dos pais SEM os filhos, etc).

Dessa forma, é comum vermos pais optando pelo playland do shopping ou apenas aquele passeio convencional que acaba em algumas comprinhas, aproveitando o ensejo para “comer por ali mesmo” com o argumento de que seria mais estressante pensar e realizar outra atividade, mesmo que mais produtiva para ambos (pais e filhos) física e mentalmente.

Realizando uma escolha superficial e rápida, o mais comum é optar por um shopping com brinquedos e comida nos finais de semana ao invés de preparar um lanche caseiro para comer no parque próximo de casa. Mas se pararmos para refletir e analisar a situação, considerando todo aquele cansaço e estresse da semana, para os pais a preparação do lanche em casa mesmo será muito mais prazerosa e os momentos tranquilos no parque compensarão o momento da preparação. 

No parque as crianças ficam livres para serem o que elas devem ser: CRIANÇAS. Lugar de criança é junto da natureza, correndo, conhecendo outras crianças, realizando atividades ao ar livre, subindo em brinquedos mais simples, porém, que estimulam mais o corpo e a socialização. Um parque é o lugar ideal para se fazer uma refeição mais saudável (já que o lanche será preparado em casa), tranquilizar a mente, ter contato com outras pessoas e aprender a dividir o brinquedo do parque com outras crianças, criar maior contato entre a família, gastar energia e exercitar o corpo (para as crianças...e porque não para os pais também, que poderão jogar futebol, vôlei e até pular corda com os pequenos!?!).

Em contrapartida, vemos cada vez mais, os pais se submetendo e colocando seus filhos em situações estressantes como a busca por uma vaga no estacionamento, as enormes filas dos fast foods, os ambientes cheios de gente e que criam estímulos para o querer TER (hiperconsumo), brinquedos em que a criança coloca uma ficha e brinca sozinha e etc. etc. etc.

Talvez seja mais fácil colocar o vídeo da “Galinha Pintadinha” no celular ou tablet em cima da mesa da praça de alimentação para o bebê se distrair enquanto os demais da família se alimentam rápida e erroneamente (comer besteira faz parte, radicalizar na alimentação não é o caminho, o problema aqui citado é a frequência com que isso ocorre, que gera diversas consequências). Enquanto o bebê é atraído pelo estímulo visual e sonoro do vídeo, em volta tudo chama muita atenção também. Se nós adultos, já ficamos estressados em ambientes cheios de gente e com muito estímulo visual e sonoro, imagina como isso deve cansar e estressar muito mais as crianças (depois fala que o filho é hiperativo, assunto para outro post).

Então, o ideal é se programar melhor para o próximo final de semana e lembrar que  toda movimentação, dificuldades e estímulos existentes dentro de um shopping podem ser muito mais estressantes física e mentalmente do que preparar um bolo, uma torta e um suco para relaxar com as crianças no parque. Passe no mercado, vá para a cozinha e sublime! O FAZER permite sublimação, o COMPRAR PRONTO apenas facilidade.

A saúde física e mental dos filhos é reflexo da saúde física e mental dos pais. Crianças não precisam ser expostas a situações estressantes com frequência e os pais podem ter uma semana muito mais harmoniosa e tranquila que será reflexo do final de semana.


"Crianças sendo crianças!" (Junior e Bárbara, filhos da minha prima Michele)


P.S.: Fast Foods e shoppings fazem parte da vida contemporânea, mas não precisam ser inseridos com tanta frequência no dia-a-dia, principalmente das crianças. Ir ao shopping e comer uma besteirinha moderadamente também pode ser saudável, mas expor os filhos SEMPRE à essas atividades, trazem muito estresse e problemas de saúde física e mental. Não gosto de radicalismos e ainda não sou mãe, mas acredito que bom senso e moderação são as palavras de ordem na educação dos filhos!! Ahh, e sobre a Galinha Pintadinha, Patati Patata, Disney e outros, nada contra dentro de casa...tudo contra em ambientes já tão cheios de estímulos visuais e sonoros como shoppings e afins... 

21 junho, 2013

21 de Junho - Dia da Música



Música é arte e a arte habilita a interação entre o sujeito e a cultura.
Sons, tons, ritmos, melodias...
A música move o corpo e toca a alma. Comove. Alegra. A música nos impulsiona à dança.

A música passa pelo sentido, chega ao inconsciente e nos traz lembranças.
Música permite sentimentos.
Cada fase, uma música. Cada música, uma história. Cada história, uma lembrança. Cada lembrança um sentimento.

A agressividade do rock. A leveza da bossa nova. A ginga e alegria do samba. A jovialidade do POP. A composição histórica da MPB. A calma e alegria do reggae. A realidade do Rap.

É com dom e dedicação que se faz música. É com o coração que a sentimos!!

Dia 21 de junho, dia da Música.


27 abril, 2013

O Clássico Cardigan: Uma Oportunidade de Sucesso

 
 
 
O nome Cardigan vem de um General conhecido como Conde de Cardigan, que teria feito a peça de malha em 1854. Mas quem popularizou a peça no guarda-roupa feminino foi uma figura ilustre do mundo da moda.
 

Quando passeava pela praia da cidade francesa de Deauville, seu namorado lhe ofereceu seu suéter. Vaidosa, a garota recusou dizendo que poderia “desmanchar o penteado”.

Mas pediu permissão ao namorado para cortar a malha pela frente, para ser vestida como uma camisa. O rapaz consentiu. Ao provar a nova roupa, uma surpresa agradável: como o namorado era bem mais alto do que ela, a malha caiu como um vestido. Seu toque final foi costurar dois enormes bolsos, “na altura exata em que as mãos gostam de descansar”, como ela justificou.

Ao circular pelas ruas de Deauville com a inovadora peça, a jovem chamou a atenção: as mulheres a paravam para saber onde ela havia comprado aquilo. A garota era Gabrielle Coco Chanel e a peça criada por ela, o Cardigan.

Fonte: Livro Oportunidades Disfarçadas

 


Diante de uma situação inusitada Gabrielle Coco Chanel popularizou uma peça que durante décadas esteve (e ainda está) fortemente presente nas escolhas femininas no momento de decidir por um look para os dias mais frios.

Intencionalmente ou não (apesar de não parecer intencional, nunca saberemos de fato), Coco Chanel soube aproveitar um momento comum como oportunidade. Esse tipo de oportunidade e outras estão presentes em pequenos detalhes do dia a dia. Portanto, o importante é aguçar os sentidos para que oportunidades possam ser aproveitadas de forma natural. Olhos e ouvidos atentos ao que rola no ambiente e saber reconhecer seus pontos fortes são dicas de como estar preparado para aproveitar uma oportunidade.

Não tenha a pretensão de que todas suas ações terão sucesso, mas saiba que tudo a sua volta pode ser motivo de sucesso!

23 abril, 2013

Dicas para um planejamento pessoal eficaz

Sabe aquele momento em que sentimentos a sensação de desordem em nossa vida, como se precisássemos de novos caminhos, novos estímulos, uma reorganização geral? É nesse momento que devemos permitir uma pausa para o nosso corpo respirar e nossa mente mergulhar em uma profunda reflexão. A única saída para a paz interior será uma total renovação.
Nesse processo, devemos compreender que todas as mudanças serão muito benvindas, além de que não haverá restrição para os objetivos almejados. Tudo é possível até que análises e avaliações provem o contrário.
Para um recomeço bem planejado e organizado, siga as dicas a seguir.

1. Estabeleça metas para curto, médio e longo prazo

Antes de recomeçar, é essencial compreender onde se quer chegar. Extraia de si seus mais simples desejos até os mais audaciosos objetivos. Defina metas que melhore sua qualidade de vida, defina objetivos financeiros e profissionais, defina desafios e os organize em METAS para serem alcançadas em curto, médio e longo prazo.
As metas estabelecidas serão seu estímulo diário. Segundo a psicanálise, são os desejos que impulsionam a vida, por isso ao atingi-los estabeleça novos desejos e metas.

2. Tenha disciplina e administre seu tempo

Para que as metas sejam eficazmente alcançadas é necessário disciplina. Estabeleça suas tarefas diárias e as organize em uma tabela semanal, disponibilizando os dias da semana e os horários.
Mantenha a tabela em um local de fácil visualização. Se exercidas com disciplina, após algum tempo ela não será mais necessária e as atividades diárias serão realizadas naturalmente.

3. Momento de desacelerar! Faça uma introspecção

Durante o desenvolvimento da tabela, lembre-se de deixar horários LIVRES para que possa ter um momento para si, um momento de introspecção, onde você poderá organizar seus pensamentos e analisar suas emoções.
Aproveite esse momento para desacelerar o corpo e a mente. Você perceberá melhor produtividade em suas atividades do dia a dia.

4. Defina seus talentos (pontos fortes) e suas dificuldades (pontos fracos)

Coloque no papel seus talentos, ou seja, seus pontos fortes, o que você faz de melhor. E também descreva suas dificuldades, seus pontos fracos. Esse é o momento da VERDADE. Busque em si seus reais talentos e saiba diferenciá-los das habilidades que gostaria de ter. Reconhecer seus pontos fracos é o primeiro passo para a mudança e reconhecer seus pontos fortes o permitirá aproveitar melhor as oportunidades.

5. Questione-se. Saia da zona de conforto

Questione antigas crenças, velhos hábitos, manias e sentimentos. Questione suas lembranças e mágoas. O questionamento intrapessoal permite QUEBRA DE PARADIGMAS.
Para sair da zona de conforto aprimore sua sensibilidade, permitindo olhos e mentes bem abertos para receber o que mundo apresenta, assim você terá melhor percepção de oportunidades a sua volta. Encontre tempo para bater um papo com os amigos periodicamente e busque o contato com pessoas diferentes em lugares distintos. Opte por outro caminho para ir ao trabalho, faça uma caminhada pelo seu bairro, mude o visual, faça novas escolhas.
Para fugir da zona de conforto basta se desprender de rituais e estar aberto ao NOVO.

6. Reveja as metas para não perder o foco

É muito comum perder o foco dos objetivos em meio a agitação e exigências do mundo contemporâneo. Para que isso não aconteça busque a disciplina e comprometimento com as tarefas diárias pré-estabelecidas e reveja as metas periodicamente ou sempre que perceber que está perdendo o foco. Lembre-se que os prazos para atingir as metas devem ser respeitados. Se não estão sendo atingidas, o processo não está sendo realizado de forma eficaz, então reorganize as tarefas diárias.


Que venham as mudanças!